PSICOLOGIA PARA TODOS

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BIBLIOTERAPIA – 2

O comentário seguinte feito no post DEMOCRACIA / EDUCAÇÃO / PSICOLOGIA – 4:

“O artigo anterior sobre biblioterapia só nos encaminha para livros a serem lidos para a autoterapia.Biblio
Mas, sobre a biblioterapia há mais qualquer coisa?
O que é que nós temos cá muito concretamente sobre BIBLIOTERAPIA?”

teve a minha resposta:

“Não compreendi bem o seu comentário, mas vou dar a minha visão no post seguinte de BIBLIOTERAPIA – 2.”

No post Biblioterapia (8 jul 14), dissemos mais ou menos como é que tinha nascido em mim essa ideia que foi posteriormente estimulada com as informações que vou apresentar e que foram fortemente incentivadoras para preparar e publicar, se Joana-Bpossível, um novo livro relacionado com a ideia da BIBLIOTERAPIA que é um método terapêutico utilizado, quase como prescrição médica (ou psicológica?), especialmente em casos de DEPRESSÃO, nos Serviços Nacionais de Saúde do Reino Unido, bem como nos dos EUA.

O psicólogo clínico Neil Frude, que eu julgava que era psiquiatra, implementou esse processo nos primeiros anos deste século e o jornalista Kevin Helliker (B/81), do Wall Street Journal citou no Courrier Internacional, de 21 SET 2007, dois estudos favoráveis feitos em depressivos e publicados no Behavior Research Therapy, mencionando os bons resultados obtidos nessas investigações, que seriam precursoras dasMaluco2 ideias sobre biblioterapia, em psicoterapia.
Além destas informações, existem tentativas de investigação e de experimentações controladas em vários países e, suponho que até no Brasil, com resultados considerados satisfatórios pelos investigadores.
Contudo, como amostra, vou transcrever a seguir as informações dadas por uma jornalista “Liliana Pinho” sobre uma experimentação realizada no Reino Unido, sob o título.

Doentes depressivos “aviam” receitas na biblioteca

No Reino Unido, a prescrição de livros em vez de fármacos para tratar a depressão está a tornar-se cada vez mais comum. Além Psicologia-Bde “low-cost“, o método, já conhecido como “Biblioterapia“, não acarreta efeitos secundários
Texto de Liliana Pinho JPN • 13/01/2014 – 19:24, intitulado: Share on facebookShare on emailMore Sharing Services

Há uma nova terapia para depressão no Reino Unido e, a melhor parte é que além de “low-cost“, não apresenta efeitos secundários. É chamada de “Biblioterapia” e faz jus ao nome: em vez de fármacos, são prescritos livros. Isso mesmo: livros. É que, de acordo com alguns especialistas, além de fomentar a empatia, a leitura pode ajudar os pacientes a superar as suas fragilidades emocionais.
O método, chamado de “Books on Prescription“, começou a ser utilizado oficialmente em Junho, pelo Consegui-BServiço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS), e foi agora divulgado por Leah Price, investigadora e professora da Universidade de Harvard, no jornal “The Boston Globe“.
“Se o psicólogo ou psiquiatra diagnostica o paciente com depressão leve ou moderada, uma das opções é passar-lhe uma receita com um dos livros aconselhados“, explica a investigadora.
E sendo uma prescrição — e não apenas uma recomendação — há que seguir as indicações do médico rigorosamente, depois de “aviar” a receita na biblioteca. Até porque não existem efeitos secundários: “Ao contrário dos fármacos, ler um livro não acarreta efeitos secundários como o ganho de peso, a diminuição do desejo sexual ou as náuseas”, sublinha Price.

100 mil requisições em três mesesPsicopata-B
Os livros são “seleccionados com base no conteúdo e no âmbito de programas de leitura desenhados para facilitar a recuperação de pacientes que sofram de doenças mentais ou distúrbios emocionais” e esta “parece ser uma solução vantajosa” — e “low-cost“, já que os livros acabam por sair mais baratos do que os fármacos, ou até a custo zero, no caso das requisições.
“Ler melhora a saúde mental e é difícil pensar na existência de malefícios quando se fala de um programa como este”, defende a investigadora. Por isso mesmo, tem cativado cada vez mais adeptos. Ainda que não existam, para já, números oficiais sobre a sua verdadeira eficácia, a investigadora adianta que, só nos primeiros três meses do programa, foram feitas mais de 100 mil requisições dos livros de auto-ajuda recomendados.
Esta, porém, não é a primeira vez que o Serviço Nacional de Saúde britânico aposta neste tipo de programas, numa forma de reconhecimento da importância dos livros. Uma outra iniciativa, denominadaSaude-BThe Reader Organisation“, por exemplo, reúne pessoas desempregadas, reclusos, idosos ou apenas solitários para que, todos juntos, leiam poemas e livros de ficção em voz alta.
A “Biblioterapia” foi desenvolvida também pelo psiquiatra Neil Frude, em 2003, que com base numa investigação concluía precisamente que os livros tinham potencial para se assumir como substitutos dos anti-depressivos. Ao acompanhar o percurso dos seus pacientes, Frude rapidamente percebeu que estes compensavam a frustração da espera pelos primeiros efeitos dos fármacos — que podia durar anos — com a leitura, como forma de entretenimento.”Difíceis-B
http://p3.publico.pt/cultura/livros/10404/doentes-depressivos-quotaviamquot-receitas-na-biblioteca este link é destinado a quem quiser consultar o original no Google da internet.”

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Da nossa parte, estamos amplamente seduzidos «e experimentados pessoalmente» por este processo que necessita unicamente de ser implementado pelos «nossos» necessitados. Como já disse anteriormente, a Câmara Municipal de Sintra e, especialmente, a sua Área da Saúde Mental está informada disso desde Abril de 2014. mario-70O importante é iniciar uma campanha que possa ajudar económica e eficazmente os inúmeros «utentes» dos serviços de saúde que sobrecarregam as consultas esbanjando os fracos recursos existentes com medicamentos. Além disso, a sensibilização dos utentes é extremamente importante porque é ele quem tem de «dar o corpo ao manifesto» lendo os livros, compreendendo a matéria e implementando os procedimentos que ficam descritos. Falta iniciar o hábito da leitura!

Talvez seja a parte mais complicada, já que estamos culturalmente habituados a recorrer imediatamente ao médico logo que nos sentimos descompensados. Não tentamos compreender a situação, fazer alguma dieta Interacção-B30ou recorrer a hábitos de vida mais saudáveis lendo alguma coisa sobre isso. Uma vez no médico, o diagnóstico torna-se importante e os «remédios» adquirem-se na farmácia e tomam-se sem qualquer esforço. Depois, o resultado é o que se vê, especialmente em psiquiatria, em que as pessoas caminham como «zombies», apáticas e quase balofas. O álcool e as drogas fazem o mesmo efeito mas, socialmente «parece mal». Qualquer dia, as inúmeras concentrações para os festejos juvenis (não serão também adultos?) vão começar a funcionar como reforço do comportamento incompatível.
Vários posts deste blog tratam de todos estes assuntos. É só consultar. Presentemente, até aflige ter conhecimento de que os antibióticos, com a devida receita médica, são exagerados e que podem deixar de produzir o seu efeito benéfico com um abuso incontrolado, mas legal.Respostas-B30

Para obviar muitos destes problemas, para os que apresentam dificuldades, já preparamos o livro «AUTO{psico}TERAPIA» (P). Os que quiserem iniciar uma psicoterapia ou profilaxia, podem começar a ler,  depois deste  (P), os livros aqui indicados com as letras respectivas ou seus antecessores, que estão indicados  no final da cada livro, no capítulo RESUMO DO CONTEÚDO DAS OBRAS INDICADAS: (B) (J) (D) (F) (K) (A) (C) (E) (G) (H) (L) (M) (I) (N) (O). 

Para os que tiverem dúvidas em relação às informações dadas no livro citado (P) ou que desejarem saber antecipadamente quais os ganhos a obter com este método ou procurarem fazer profilaxia, prevenindo-se contra os possíveis «males» que a nossa «civilização» proporciona com a sua vida frenética que estamos a viver, vamos preparar o livro sobre «BIBLIOTERAPIA» Psi-Bem-C(Q), que é o 17º da colecção.

Aí ficarão mencionadas as vantagens deste método e os passos a dar sequencialmente na leitura dos livros recomendados, tanto para os que têm problemas psicológicos e desejam iniciar uma psicoterapia quer por si próprios, quer com pouca ajuda do psicólogo, quer para os que preferirem fazer uma profilaxia proveitosa. Para os que não se quiserem enfronhar na leitura e seguir alguns procedimentos simples, não tendo também qualquer apoio psicológico ou medicamentoso directo, o mal-estar do momento e os prejuízos posteriores podem ser muito avultados.

Também ficam contemplados os que desejam enveredar por uma acção psicopedagógica ou reeducativa ou até aqueles que desejam melhorar o seu desempenho nas chefias ou no contacto interpessoal. Os livros são o meio mais cómodo, económico e sempre disponível que podemos utilizar em qualquer caso de emergência ou Acredita-Besclarecimento, mesmo durante as constantes viagens que temos de fazer. Contudo, têm de ser devidamente escolhidos e compreendidos.

Reiteramos esta ideia porque Leah Price, investigadora e professora da Universidade de Harvard, diz no jornal “The Boston Globe” que não existem efeitos secundários. Será possível que alguns dos que lerem livros sobre crimes perfeitos, não sejam incentivados a praticar crimes através da aprendizagem social com reforço vicariante (ou modelagem edentificação) ficando incitados a cometer crimes? As experiêncais de Albert Bandura indicam isso. Por isso, todo o cuidado é pouco. 

Por este motivo, depois de várias críticas, sugestões e pedidos, além dos 17 livros da colecção BIBLIOTERAPIA, resolvemos preparar mais um, denominado «PSICOTERAPIA… através de LIVROS» (R), destinado a orientar os interessados na leitura correcta e compreensão dos livros adequados para o seu caso, com conhecimento de causa.

Esta metodologia, experimentada pessoalmente desde 1973/75, foi utilizada nas consultas desde 1980, quando houve colaboração dos interessados, apenas com apontamentos policopiados para a docência. Contudo, o mais difícil é mudar as mentalidades que se habituaram a imaginar que as consultas de Psicologia ou Psicoterapia são para se fazerem diagnósticos, talvez com alguns exames antecedentes e ouvir conselhos sem cada um colaborar na compreensão do funcionamento do comportamento humano e de toda a metodologia e prática necessárias para a mudança do comportamento indesejável e indesejado. 

O livro até cabe num bolso grande ou na mala das senhoras se a pessoa não o quiser transportar na mão.

Este post foi actualizado em 9 de Outubro de 2017

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Em divulgação…

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Ver também os posts anteriores e posteriores sobre BIBLIOTERAPIA.

É aconselhável consultar o ÍNDICE REMISSIVO de cada livro editado em post  individual.

Blogs relacionados:

TERAPIA ATRAVÉS DE LIVROS para Biblioterapia

PSICOLOGIA PARA TODOS (o antigo)

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6 thoughts on “BIBLIOTERAPIA – 2

  1. Qual a razão de no SNS inglês «prescreverem» livros com se fosse uma receita? Pode-me explicar qual a necessidade?

    • Julgo que é para criar uma espécie de obrigatoriedade com se cria com um contrato com os alcoólicos (F/145) e que se perderia sem isso. O deixar de beber é muito importante para não ter reforço secundário negativo aleatório. Veja agora o post DEPRESSÃO 3 que vou publicar de seguida

  2. Senhor Dr. Noronha:
    Já fui seu paciente há mais de 20 anos quando tinha o consultório na Infante Santo e eu estava a estudar em Lisboa.
    Estou agora com 49 anos e nestes últimos tempos tive uma crise muito má, a pior da minha vida, com uma profunda depressão por causa de tudo aquilo que se está a passar. Graças a Deus já estou melhor.
    Tenho andado extremamente ansioso, há muito tempo…
    Recorri a um psiquiatra onde só ainda fui uma vez, para medicação. Também achei melhor ser acompanhado por um psicólogo, que dá consultas em Bragança e a quem mostrei os seus relatórios de avaliação de personalidade.
    Recentemente, quando falei nas minhas dificuldades a uma pessoa amiga e ele soube do seu relatório antigo, perguntou-me por que razão não me servia também do blogue, até para tirar daí algumas ideias ou fazer quaisquer perguntas. Os comentários poderiam servir para isso.
    Fiquei satisfeito quando consultei o blogue e admirado com o artigo sobre Biblioterapia. Não sabia que isso se podia fazer.
    Embora não me queira denunciar, vou procurar ler vários artigos que me parecem ser interessantes e talvez faça comentários anónimos.
    Obrigado pela ajuda.
    Anónimo

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